A conferência da Husqvarna que este ano passou a ser Living City, teve lugar, na cidade Sueca de Gotemburgo, com a participação de oradores de diversos países e com experiências profissionais
variadas, que enriquecem bastante todo o evento.
Um dos documentos apresentados, o Husqvarna Urban Green Space Index Report 2019, ou HUGSI, foi uma das grandes novidades de investigação apresentadas este ano. Um trabalho interessante que pretende ser uma ferramenta para profissionais e decisores em matérias urbanas para protegerem os seus espaços verdes fornecendo-lhes dados quantificáveis.
O jardim da sociedade de jardins de Gotemburgo é um parque no centro de Gotemburgo, na Suécia. Local onde aconteceu a conferência Living City 2019.
“Acreditamos que a IA e as tecnologias emergentes vão desempenhar um papel fundamental no futuro do desenvolvimento de espaços verdes. Com o HUGSI, queremos chamar a atenção para a importância dos espaços verdes e capacitar os decisores para proteger espaços verdes nas cidades, fornecendo-lhes factos inquestionáveis. A digitalização da gestão de espaços verdes vai permitir o cuidado preventivo dos parques, melhorando os valores recreativos e ambientais, bem como a eficiência operacional”, afirma Anders Johanson, CTO do Grupo Husqvarna.
Digitalização, automatismos e robótica foram os temas principais da Living City, saindo um pouco do tema das baterias que tem sido focado nas edições anteriores.
O jardim da sociedade de jardins de Gotemburgo é um parque no centro de Gotemburgo, na Suécia. Local onde aconteceu a conferência Living City 2019.
Sasha Menges, Presidente da Husqvarna, falou um pouco da sua experiência pessoal, recordou a infância numa pequena cidade no sul de Munique, na importância de passarmos tempo no exterior, em espaços verdes. Estudos recentes demonstram cientificamente que os espaços verdes melhoram de forma efetiva todos os seres humanos que têm contacto com estes espaços.
A Husqvarna quer fomentar também, não só a utilização de equipamentos mais sustentáveis, mas também ideias como a partilha de equipamentos.
O jardim da sociedade de jardins de Gotemburgo é um parque no centro de Gotemburgo, na Suécia. Local onde aconteceu a conferência Living City 2019.
Dr. Tim Jones, do projeto Future Agenda, descreveu um pouco a experiência em várias zonas do mundo, o que as populações desejam em geral e dos problemas que se queixam. Infra estruturas e número crescente de veículos nas cidades subdesenvolvidas, problemas de saúde incluindo a obesidade, inundações são um fatores recorrentes em grandes cidades. Open Data and Human
Behaviour tem vindo a crescer, mas com alguma preocupação sobre o uso indevido dessa informação.
Há contudo boas notícias como a criação de masterplans para megacidades, cidades acessíveis é cada vez mais uma preocupação, reinventar e aproveitar infra-estruturas já existentes e transformá-las em espaços verdes, expectativas realistas do que é uma cidade inteligente, tornar os locais especiais e que as pessoas querem lá estar, menos tráfego e menos carros nas cidades, reinventar a utilização dos parques de estacionamento que já não irão ser utilizados, as cidades começarem a atrair pessoas pela sua qualidade de vida que é dada pela maneira como tratam os seus espaços verdes. Utilizar scooters e drones quando projetamos as cidades. Como é que utilizamos todos os dados recolhidos de forma a melhorar os espaços públicos e as cidades foi a grande questão deixada pelo orador, a todos os participantes.
Peter Berggren, diretor na área de indústria da cidade de Gotemburgo, falou da experiência da cidade de como utiliza a digitalização de forma a melhorar a vida dos seus cidadãos. Um cidade sustentável é sinónimo de uma cidade inteligente, as palavras chaves parecem ser conectividade e data. O município utiliza a digitalização e novas tecnologias para melhorar a vida da sua população.
O jardim da sociedade de jardins de Gotemburgo é um parque no centro de Gotemburgo, na Suécia. Local onde aconteceu a conferência Living City 2019.
Anderson Johanson, CTO do Husqvarna Group, falou das transformações que estão a acontecer.
Passagem do petróleo para a bateria, do manual para a automatização, digitalização e inteligência artificial. Deu o exemplo do que já acontece com a Gardena Smart System, um sistema de câmara de vigilância em conjunto com o Automower já esta a ser testado para este servir não só, como corta relvas como também mais um elementos de segurança que pode ser acedido por telemóvel em
qualquer lugar. A manutenção de espaços verdes como parte de um ecossistema de toda a habitação e que pode estar todo interligado.
Mats Bergh, CEO do Johannesberg Science Park, um dos parques mais recentes da cidade de Gotemburgo, uma parceria publico privada, em que foram criadas zonas e situações de teste como a
ElectriCity. A criação de uma experiência em que a eletricidade e digitalização fossem abordadas foi o desafio colocado pela Husqvarna. Explicou a visão desta experiência e o resultado expectável. Será uma experiência a três anos, no âmbito do projeto Sustainable Smart Parks. É uma experiência aberta a várias empresas.
Linda N., responsável pela manutenção do parque em que nos encontramos durante este evento, explicou um pouco do percurso deste jardim. Dos seus vários anos de história e dos desafios que se vivem hoje, chuvas torrenciais, aumento de calor no Verão, o aumento de visitantes e utilização do parque se maior.
A experiência que irá ser desenvolvida neste parque, com os sensores e equipamentos Husqvarna, tem como objetivo testar, modificar e estudar comportamentos. Desenvolver parcerias e novas
colaborações. Explorar novos modelos de negócio e atuar como um catalisador. Ser inovador no sector.
Operadores de equipamentos, empresas de construção e implementação, administração do parque e visitantes são os quatro elementos desta experiência . Adicionando-se a criação de parcerias com diferentes empresas.
Depois duma visita ao parque e três apresentações sobre as teses que vão ser estudadas na experiência que será desenvolvida nos próximos três anos neste mesmo parque, um painel de
profissionais das várias áreas ligadas aos espaços verdes discutiram alguns dos assuntos que foram abordados e questões sobre desafios e problemas ainda por resolver.
No segundo dia da conferência Living City, Nico Wissing, da NL Green Label, foi o primeiro palestrante.
Falou-nos de sustentabilidade no jardim e no NL Green Label, uma ferramenta que pretende apoiar espaços que são construídos com materiais de proveniência ecológica, dando preferência a materiais locais. O objetivo é tornar as pessoas mais informadas sobre os materiais e plantas que utilizam no jardim criando passaportes de qualidade para equipamentos, plantas e materiais.
O jardim da sociedade de jardins de Gotemburgo é um parque no centro de Gotemburgo, na Suécia. Local onde aconteceu a conferência Living City 2019.
Michel Pirchio, da Pisa University, falou de espaços verdes nomeadamente da evolução do relvado no sector, da influência dos automowers e da sua experiência nos últimos anos. Com este tipo de corta relvas é possível manter um comprimento de relva constante. Foi medida a qualidade do relvado típico Italiano, comparando o corte com um corta relva tradicional, com o corte do automower, esta cresceu melhor com a utilização do segundo método. Observou-se também uma maior densidade no relvado. As conclusões da experiência foram importantes para medir a qualidade do corte de relvados nomeadamente relvados para práticas de desporto, conclui-se que com o automower a qualidade está visivelmente melhorada.
Andreas Rangers, VP de Product Management da Husqvarna, falou da evolução da Husqvarna nos últimos 330 anos e os possíveis caminhos no futuro. Digitalização, robotização e sistemas
automatizados e mudança para equipamentos a bateria, com sustentabilidade, segurança e produtividade em mente. O sistema de Rent and Pick Up, aluguer de equipamentos foi experimentado
e vai ser mais amplamente implementado.
Tratores de corta relvas híbridos não sendo totalmente a bateria estão com uma pegada ecológica muito mais reduzida. Olle Markusson, falou de robótica, da evolução do mercado e dos clientes alvo da marca.
Husqvarna Epos é uma das novidades para a gestão dos espaços de acesso ao automower através de satélite, é um complemento ao sistema atual de fio que é instalado na definição das áreas.
Adam Tengblad, Diretor para sistemas autónomos da Husqvarna, falou do estudo que foi feito sobre as necessidades dos clientes responsáveis pela manutenção de grandes espaços. No futuro a manutenção destes espaços será autónoma e automatizada. Parques de painéis solares e aeroportos, por exemplo, são dois tipos de mercados elegíveis.
Depois de uma série de demonstrações no exterior, no estádio de futebol Nya Ullevi, entre as quais o impressionante protótipo do rider híbrido autónomo, Sascha Menges, presidente da Husqvarna, encerrou esta edição da conferência Living City. Falou da importância da troca de experiências e visões que este tipo de eventos internacionais possibilita. Soluções e inovação resultam desta troca de experiências e de visões por vezes opostas. Colaboração é a palavra chave desta conferência, com cada um a ter um papel importante na promoção de um estilo de vida mais sustentável no seu círculo de influência. Mencionou também o movimento em todo o mundo por um planeta mais verde e sobre os desafios que vivemos no presente.
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