A Associação Portuguesa de Produtores de Plantas e Flores Naturais representa Portugal na ENA (European Nurserystock Association), Associação Europeia de Viveiristas, uma das nove
entidades europeias que emitiram um apelo conjunto para que a Comissão Europeia acione, com urgência, medidas para todo o espaço da União Europeia no sentido de ajudar o sector a
sobreviver ao impacto brutal da Covid-19.
A mensagem conjunta enviada a 10 de Abril ao Comissário Europeu para a Agricultura e Desenvolvimento Rural, Janusz Wojciechowski, específica três pedidos:
1 – Medidas de apoio extraordinárias urgentes e temporárias da União Europeia concebidas especificamente para ajudar os produtores e todos os operadores do sector em todo o espaço
do União Europeia a sobreviver à crise até que a atividade possa ser retomada;
2 – Um sinal forte e concreto da Comissão Europeia de que as flores e plantas ornamentais são importantes e que são um grande contribuinte para o bem-estar e qualidade de vida dos
cidadãos europeus e para os esforços de mitigação das alterações climáticas e para a proteção da biodiversidade;
3 – Um claro reconhecimento, a nível da União Europeia, de que investir agora neste sector para o ajudar a sobreviver irá evitar efeitos irremediáveis e de longo prazo na atividade
económica e no emprego notavelmente criados e sustentados pelo amplo conjunto de operadores neste sector durante décadas sem qualquer intervenção ou suporte da União
Europeia.
Este setor em Portugal representa 7,6% da produção agrícola, com uma taxa de crescimento médio anual de 6,3% do valor da produção (dados 2018).
Atualmente este é o setor agrícola que mais mão-de-obra assalariada permanente emprega, e que mais trabalhadores enviou para casa dado o avultado cancelamento de encomendas consequência da quebra da procura/encerramento de estabelecimentos proporcionado por todos os constrangimentos provocados pelo Covid-19 e pelas iniciativas de combate ao mesmo.
Neste setor, 70% Volume de Faturação concentra-se essencialmente no período de Março a Junho dado que é neste espaço temporal que ocorrem as campanhas e comemorações com maior impacto económico.
“ Face à especificidade do mesmo dentro do setor agrícola, em que o produto não tem conservação nem transformação possível, no qual criamos valor com mão-de-obra e com as nossas condições naturais, somos o que mais está a sofrer a nível de fluxos financeiros de tesouraria.”
Fonte:APPP-FN – Associação Portuguesa de Produtores de Plantas e Flores Naturais