Os finalistas e vencedor da edição de 2018 do prémio Novo Banco Revelação já estão escolhidos. O Júri deste ano composto por Anna Gritz – curadora no KW (Instituto para a arte contemporânea, Berlim) –, Filipa Loureiro e Ricardo Nicolau – curadora e adjunto do diretor do Museu de Serralves –, e Rita Vitorelli, editora-chefe da revista Spyke Art, selecionou por unanimidade, como finalistas do Prémio Novo Banco Revelação 2018, os artistas Carlos Arteiro, Ana Linhares, o coletivo Sem título 2018 e Maria Trabulo, eleita a grande vencedora.
Durante o mês de outubro, em data a anunciar, será inaugurada no Museu de Serralves uma exposição coletiva que apresenta as obras dos 4 artistas, e para a qual receberam uma bolsa de produção para a concretização do projeto pelo qual foram selecionados. Por essa ocasião será lançada uma publicação monográfica do trabalho da laureada Maria Trabulo.
O Prémio Novo Banco Revelação é uma iniciativa do Novo Banco em parceria com a Fundação de Serralves, que já distinguiu 41 artistas e tem como objetivo incentivar a produção e criação artística de jovens talentos portugueses, até 30 anos, tendo por base uma lógica de divulgação, lançamento e apoio a todos os artistas que recorram ao meio da fotografia.
Sobre os projetos dos artistas finalistas
Todos os artistas manifestam, segundo o júri, uma abordagem à fotografia que amplia o alcance e as possibilidades deste meio na arte contemporânea – por exemplo em projetos relacionados com a memória da herança colonial portuguesa (Ana Linhares), ou que baralham noções de autoria e de identidade (coletivo Sem Título 2018), ou que partem da fotografia para explorar noutros meios, nomeadamente a pintura e o vídeo, o caráter impessoal, mecânico, da prática fotográfica (Carlos Arteiro).
A atribuição do Prémio a Maria Trabulo deveu-se, segundo o júri, ao caráter aturado e idiossincrático das pesquisas da artista, que a levam no projeto com que concorreu ao NOVO BANCO Revelação a questionar a relação da fotografia com os limites da memória humana – lembremo-nos que ela é fundamental na constituição de arquivos, para práticas de preservação e enquanto ferramenta arqueológica.
Maria Trabulo (n.1989, Porto Portugal) vive e trabalha entre o Porto e Viena.
Mantém uma prática artística quer individual como em coletivo, tendo realizado várias exposições em Portugal e no estrangeiro. O seu trabalho tem sido premiado por instituições internacionais relevantes e tem desenvolvido várias colaborações com profissionais do campo das artes, arquitetura e artes performativas.
Concluiu o mestrado em Art & Science pela Academia de Artes Aplicadas de Viena e possui uma licenciatura em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e pela Academia de Belas Artes da Islândia.