25 de Junho
Um dia com bastantes visitas técnicas aos espaços verdes de recreio de Póvoa de Lanhoso, guiadas pelo arquitecto paisagista da autarquia Manuel de Sousa. O primeiro espaço foi o Parque do Pontido com uma área de 2,30 hectares, local onde está instalada a tenda do Parjap Portugal, após breve história e explicação deste parque projectado, seguiu-se uma visita à feira dos jardins onde estão presentes algumas marcas/empresas importantes, entre elas, a Atlanlusi, Bio Ibérica, John Deere e Stihl Viking.
Os participantes foram transportados para o Santuário de N.ª Senhora do Porto d’Ave, e de seguida para uma visita ao Monte do Pilar e com última paragem no espectacular parque biológico do Carvalho de Calvos onde foi plantada uma Quercus pyrenaica, árvores comemorativa do Parjap Portugal 2009. Um almoço biológico foi servido aos participantes e acompanhantes no hotel de charme Maria da Fonte.
No período da tarde…
“Jardins sustentáveis e vegetação local”
Pelo arquitecto paisagista Fernando Santos Pessoa que defendeu a ideia de que um jardim sustentável é aquele que mais se aproxima da natureza no seu estado selvagem, de abandono, que por si só é totalmente sustentável.
Pontos importantes foram também mencionados nomeadamente o esclarecer e convencer o cliente a plantar menos exóticas e mais autóctones, incentivar os viveirista a comercializar mais plantas nativas e a não cedência dos projectistas e arquitectos a pressões para a plantação de tropicais.
“A gestão e manutenção sustentável dos espaços verdes públicos”
O engenheiro agrícola Pedro Rosso da empresa Espanhola FCC (Fomento de Construcciones e Contratas) explicou um pouco todo um processo e aplicações de políticas por de trás da sustentabilidade numa empresa, políticas estas que têm como principais elementos a dimensão social, ambiental e corporativa. Salientou também a importância de uma boa comunicação entre cliente, empresa e usuário para uma melhor qualidade e gestão.
“Espaços verdes para uma cidade sustentável”
Teve como orador o consultor de espaços verdes Espanhol Antóni Vernis que chamou a atenção para um factor não mencionado ainda durante este evento, as mudanças climática e a sua influência no planeamento futuro dos jardins. O desafio vai ser a escolha de espécies que resistam a climas extremos, a mesma planta terá que ser capaz de suportar períodos de seca e chuvas ou inundações intensas. Três pontos foram salientados pelo engenheiro; a reivindicação dos espaços verdes na cidade, transformar esses espaços de acordo com as mudanças climáticas que já se fazem sentir e um maior número de espaços verdes urbanos e mais perto das pessoas.
“Espaços verdes rodoviários – construção e manutenção”
Pela Isabel Maria Robalo engenheira agrícola da Brisa, com uma abordagem diferente dos outros oradores, focando mais a questão de espaços verdes em vias rodoviárias nomeadamente em auto-estradas. A sua manutenção como grande factor para uma maior sustentabilidade dos espaços, com critérios como a prevenção de incêndios e segurança.
Debate após painéis
Salientou-se a importância de comunicar e convencer os diferentes profissionais das mais diversas áreas para as práticas sustentáveis nos espaços verdes. A questão da não comercialização de plantas autóctones que, segundo um viveirista presente, é provocada pela falta de procura e não porque não queiram comercializar as plantas, foi igualmente abordada.